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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Audiência Pública fortalece união do setor cafeeiro

Notícia publicada hoje (25/06/09) no site CaféPoint.

Na sessão desta terça-feira da Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados, que discutiu a situação da cafeicultura, em diversos momentos os ânimos se exaltaram, e os representantes dos produtores chegaram a pedir a demissão do secretário adjunto de política econômica do Ministério da Fazenda, Gílson Bittencourt. Isso ocorreu principalmente depois que o secretário afirmou que a produção de café estava crescendo 20% ao ano. Tentou consertar depois dizendo que este crescimento era de área e não de produção.

Os representantes dos produtores de café estavam vestidos com camisetas pretas com o símbolo do movimento SOS Cafeicultura e enfeitados com "narizes vermelhos de palhaço". Eles disseram que só irão sair de Brasília com uma solução para a crise. Apesar de terem a promessa de um encontro com Stephanes, o grupo de produtores não teve a garantia de uma audiência pedida com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O secretário executivo do Mapa, Gerardo Fontelles, que estava representando o ministro Stephanes, disse no final da sessão que é preciso encontrar uma solução conciliatória entre as necessidades do setor e as limitações do governo, e que garanta sustentabilidade à cafeicultura. Mas, do lado do Ministério da Fazenda, Bittencourt manteve uma posição quase irredutível, dizendo que já foram tomadas muitas medidas de apoio aos cafeicultores, com prorrogação de débitos, fixação de preço mínimo, realização do leilão de contratos de opção de venda, garantindo que existem pendências relacionadas ao endividamento que precisam ser resolvidas pontualmente. Ou seja, que de parte da Fazenda não devem ser dadas mais prorrogações de dívidas.

O presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado Carlos Melles, foi taxativo ao afirmar que está existindo má fé do governo na divulgação de números incorretos no trato da crise da cafeicultura. Entre os parlamentares, chegou a ser sugerida a abertura de ações na justiça contra o governo, mas não apenas dos produtores do sul de Minas Gerais, e sim um movimento generalizado.

O diretor de agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, reconheceu que existem produtores que estão em situação mais difícil devido a perdas de safra por problemas de granizo, ao endividamento acumulado, à queda dos preços no mercado nos últimos dez anos praticamente, mas garantiu que o banco já renegociou 50% das dívidas que eram passíveis de rolagem.

Bittencourt previu que a tendência é de que o governo venha a adquirir o café envolvido nos contratos de opção, porque os preços estão em patamares bem mais baixos que os de exercício. Explicou que a intervenção do governo no setor pode ser feita no máximo por um período de até 3 anos. Do contrário, será necessário melhorar a política do setor.

O secretário executivo do Mapa, Fontelles, citou que é necessária a criação de medidas modernas de comercialização para o café, que garantam a renda ao produtor. "É muito difícil equacionar o endividamento na totalidade. Apenas a política de crédito não resolve o problema", afirmou.

Os parlamentares sucederam-se atacando a alta dos insumos, os elevados tributos e a dificuldade do acesso ao crédito como pontos a serem melhorados na política cafeeira, e que agravam a crise.

Reivindicações

Durante a reunião, foram solicitados: soluções ao endividamento; preço justo para a conversão no sistema equivalência-produto; preço mínimo de garantia condizente à realidade dos cafezais; programa de leilões de opções, o qual já foi aprovado, mas em padrões muito aquém do solicitado pelo setor, que, entre outras coisas, demanda um preço de exercício de R$ 320; novo Pepro, com um prêmio de R$ 20 por saca; programa de capitalização das cooperativas e de seus associados; inclusão da lavoura cafeeira como fonte captadora de CO2; não aprovação do novo Acordo Internacional do Café (MSC 277/2009) antes de avaliação efetiva da cadeia do café e dos parlamentares da Câmara e do Senado federais; e nova governança da cafeicultura, implicando melhorias na operacionalidade do CDPC e na gestão do FUNCAFÉ. "Esses programas devem atingir a todos os produtores de café, assim como a todas as cooperativas, sem exceção", salientou o presidente do CNC, Gilson Ximenes.

As informações são de Janete Lima e Lessandro Carvalho, da Agência Safras, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Boletim semanal do Escritório Carvalhaes

Boletim semanal - ano 76 - n° 24
Santos, sexta-feira, 19 de junho de 2009

Tivemos mais uma semana de baixa nas bolsas de café. É insustentável a situação atual. De um lado o Brasil batendo recordes de exportação, com o consumo de café em crescimento contínuo aqui e nos demais países consumidores, apesar da crise financeira atual. Do outro, produtores endividados e empobrecidos, assistindo ano após ano a queda de sua fatia no bilionário faturamento dos negócios mundiais de café.

Os preços praticados no mercado de café são definidos a partir de muitas variáveis, mas historicamente começam a se formar a partir das cotações da bolsa de Nova Iorque, que com a explosão da tecnologia da informação e a globalização da economia, é fortemente influenciada por grandes fundos de investimento e empresas multinacionais.

Os avanços da tecnologia da informação permitiram desenvolver novos tipos de contratos e coberturas, complexos e herméticos para o cidadão comum. A sofisticação dos novos mecanismos distanciou a formação dos preços do café dos fundamentos do mercado a tal ponto que diversos operadores não mais consideram os fundamentos relevantes na formação dos preços.

Este novo cenário está levando a situações como a atual, em que café colombiano foi vendido no mercado físico a até um dólar por libra peso (10 mil pontos!) acima da cotação da bolsa de Nova Iorque, que cota café colombiano posto nos EUA.

Para o produtor brasileiro a situação se agrava, pois além da valorização do real frente ao dólar, nosso café arábica é vendido com deságio sobre as cotações de Nova Iorque, que estão abaixo do que deveriam estar para refletir as cotações do café colombiano. O deságio de nosso arábica chegou até 30 centavos (3 mil pontos), apesar de sua qualidade ser reconhecida em todo o mundo ao ponto de substituir gradativamente arábicas da América Central e da Colômbia em tradicionais mercados consumidores do hemisfério norte.

Além de enfrentar este cenário internacional desfavorável, o cafeicultor brasileiro se depara com o atraso na implementação da política definida pelo governo brasileiro para sustentar os preços do café na entrada da nova safra brasileira. O atraso se deve a pressões e disputas dos setores mais organizados, que tentam se apoderar de maiores fatias dos incentivos governamentais. Já é possível afirmar que quando os leilões de opção forem realizados, não atingirão mais os pequenos produtores e os mais descapitalizados, que estão sendo obrigados a vender imediatamente após a colheita. Algumas das modificações de regras sugeridas também são contrárias aos interesses dos produtores.

O descontentamento dos cafeicultores chegou a um ponto tal que eles estão reagindo e se organizando através de seus sindicatos e associações, para serem ouvidos pelo governo federal.
Até o dia 18, os embarques de junho estavam em 885.049 sacas de café arábica e 53.083 sacas de café conillon, somando 938.132 sacas de café verde, e 89.052 sacas de solúvel, contra 1.478.284 sacas no mesmo dia de maio. Também no dia 18, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 1.677.128 sacas, contra 1.849.343 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, em uma semana (do fechamento do dia 12, sexta-feira, até o fechamento de hoje), caiu nos contratos para entrega em julho próximo, 1.285 pontos ou US$16,99(R$33,52) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 12, a R$329,20, e hoje, dia 19, a R$303,80/saca. Hoje, nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 375 pontos.
Escritório Carvalhaes

Fonte: Escritório Carvalhaes - http://www.carvalhaes.com.br

Nova entidade para defender cafeicultura é formada

SINCAL
O Movimento Sindical, em prol ao S.O.S cafeicultura ganhou uma dimensão inesperada onde tivemos as adesões de 112 Sindicatos de Produtores Rurais e diversas associações de Produtores de Café.
Baseado nisso e, na necessidade de uma coesão de forças para uma luta sindicalista em prol da cafeicultura criamos SINCAL (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SINDICATOS RURAIS DAS REGIÕES PRODUTORAS DE CAFÉ E LEITE).
Os objetivos estão demonstradas na Carta de Principios (http://www.sincal.org.br/), onde clareamos todos os pontos importantes. Aproveitamos a Expocafé, que é um evento elitizado e de grande repercurção, que está sendo realizada em Três Pontas - MG, e ontem as 16 horas, fizemos o lançamento do SINCAL, onde a presidência da Expocafé, nos abriu um espaço, que agradecemos imensamente, e explicamos para aproximadamente, 4000 pessoas presentes (cafeicultores, lideranças, cooperativas, fornecedores de insumos e outros da cadeia do Agronegócio Café), o porque do movimento sindicalista/SINCAL.
Estão sendo distribuidos para os cafeicultores e lideranças 5.000 cópias da Carta de Princípios na Expocafé, estamos presentes no stande da S.O.S Café.
VIVA A LIBERDADE DEMOCRÁTICA, ABAIXO O ANACRONISMO E CORONELISMO!!!
Saudações Sindicalistas,
Armando Matielli.

Fonte: Notícias Agrícolas - http://www.noticiasagricolas.com.br

SOS Café em Brasília dia 23/06

Uma nova marcha em defesa da cafeicultura brasileira está sendo organizada para a próxima terça-feira (23/06) em Brasília onde será realizada uma audiência pública no anexo II, a partir das 14h30.
O deputado Carlos Melles que preside a Frente Parlamentar do Café, com 314 deputados e senadores no Congresso Nacional foi o autor do requerimento que deu origem à audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
Os organizadores do movimento estão convocando os cafeicultores de todo o Brasil a se reunirem em frente ao Congresso Nacional com o intuito de sensibilizar o Governo Federal e chamar a atenção da sociedade para a crise que se abate sobre o setor.
Dentre as principais reivindicações do setor estão a adoção um de preço mínimo de garantia do café que cubra os custos de produção estimados em R$ 320,00 a saca e uma negociação para o pagamento das dívidas, que hoje chega a R$ 4,2 bilhões, em 20 anos e que isso possa ser transformado em produto.
Para mais informações entre em contato com o seu Sindicato ou a um dos organizadores:

Armando Matielli – Guapé - MG
E-mail: armando@matielli.com
Telefone: (35) 9199-7039

João Abrão Filho - Altinópolis – SP
E-mail: sinral@com4.com.br
Telefone: (16) 9997-9291

Silvio Marcos Altrão Nisizaki - Coromandel – MG
E-mail: silvionisizaki@bol.com.br
Telefone: (34) 9203-4553

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Risco de geada movimenta o mercado de café.

A notícia da possibilidade de geadas nos próximos dias nas regiões cafeeiras do sul e sudeste do Brasil tem movimentado o mercado internacional do café.
A semana iniciou com alta na bolsa de Nova York resultante da análise de diversos fatores como a quebra de safra nos países da América Latina e com a menor produção no Brasil devido ao ciclo bienal das lavouras de arábica.
A perspectiva de geadas só veio a fortalecer e acentuar a tendência de alta no mercado.
O mercado físico se mantém estável com tendência de alta sendo freado principalmente pela desvalorização do Dólar frente ao Real.