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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Não somos donos do nosso nariz.

Mesmo o Brasil sendo o maio produtor mundial de café e caminhando para ser o maior mercado consumidor do produto, ainda estamos numa posição de espectadores no mercado mundial.

O mercado brasileiro não possui uma política eficiente de comercialização do café, deixando o mercado a deriva, ao sabor das marés especulativas criadas pelos exportadores e pelos grandes compradores mundiais.

É uma briga de gato e rato e funciona mais ou menos assim:
O mercado internacional sabedor da existência de centenas de empresas exportadoras no mercado brasileiro brigando entre si para oferecer o seu produto, força os preços para baixo com a intenção de obter maior lucratividade.
Os exportadores querendo oferecer o produto com um preço melhor que seu concorrente força o preço para baixo com o mesmo intuito.
Os corretores fazem o elo entre o exportador e o produtor que não tem nenhum poder de decisão na cadeia de preços cabendo-lhe apenas aceitar o preço imposto ao seu produto.
Tudo errado. Os papeis se inverteram.

O produtor está sendo obrigado a vender seu produto abaixo do preço de custo e está a cada dia mais endividado. Sendo o Brasil o maior produtor deveríamos estar ditando as regras nesse mercado, estipulando preços mínimos para a venda no mercado internacional como é feito por outros países produtores na América Latina.

O produtor deveria ser estimulado com preços justos podendo a cada ano não só melhorar a qualidade de seu produto, como também aumentar a produção, fortalecendo ainda mais nossa posição de líder mundial na produção de café.
Mas se as coisas continuarem como estão, os produtores mudarão de atividade e em breve o Brasil irá importar café, pois nem para o consumo interno haverá produção para suprir a demanda.

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